Escrevo tudo, por que nem tudo que escrevo gosto...

Scrivo tutto, perché mica tutto che scrivo mi piace...

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Thursday, July 21, 2005

Escrevo

Escrevo por que gosto
Escrevo versos
Escrevo prosas
Escrevo livros
Escrevo notas
Escrevo a vida
Escrevo a morte
Escrevo o azar
Escrevo a sorte
Escrevo tudo
Por que nem tudo que escrevo, eu gosto.


Traduzione in italiano:

Scrivo

Scrivo perche mi piace
Scrivo versi
Scrivo prose
Scrivo libri
Scrivo note
Scrivo la vita
Scrivo la morte
Scrivo l’azzardo
Scrivo la sorte
Scrivo tuttoPerche mica tutto che scrivo mi piace.

Seremos

Abram-se as portas do mundo capitalista...
Estamos de saída.
Nos acompanhe aquele que o nome estiver na lista.
Seremos decentes!
Somos inocentes,
Dos crimes cometidos por esse mundo perdido!
Teremos liberdade de escolha.
Ninguém nos dirá o que fazer...
Não precisaremos de rádio nem TV.
Somos próprios!
Mas sejamos realistas...
Essa porta não quer abrir,
Teremos que arromba-la e depois fugir.
Fugiremos!
Iremos pra bem longe daqui.
Onde todos vivam sem culpa,
Sem medo!
Vamos revolucionar!
Nós somos o futuro,
E o nosso futuro irá decidir,
O que seremos?

303

Estou no 303
Trancado, escrevendo e vendo TV
No jornal mais corrupção,
Dor e muita bajulação.
Triste e calado mais uma vez.
Preparando-me para deixa-lo
Escrevendo minhas dores
Tentando viver meus antigos amores
Estou morrendo aos poucos
Estou no 303
Preparado para deixar meu amor
Esperando vida nova
Procurando fugir da dor
Sendo o que realmente não sou
Vou pra outro lugar
Distante de tudo
Do outro lado do mundo
Vou perceber que muita coisa mudou
O clima, o calor...
Vou caminhar até chegar ao meu lugar
Onde viverei boa parte da vida
Lugar de onde verei muitas partidas
Mas ao chegar na porta
Perceberei que posso fugir de tudo
Mas estarei novamente no 303.

Tire a máscara

Talvez eu não seja o responsável que você quer
Mas será que você é quem você quer ser?
Apontar é fácil
Difícil é ver os três dedos que apontam pra você
Um dia a máscara cai
E você mostra quem realmente você é
Aquilo que você sempre quis ser
E aí?
Quem vai ser você pra me culpar?
Apontar é fácil
Difícil é ver o dedo que aponta para Deus
E Ele vai te mostrar
Que a vida foi feita pra ser vivida
Do jeito que você quer
E não como os outros querem te ver.

Sonhador

Os sonhos não são iguais.
Com todas as diferenças sociais e raciais

Há os que sonham com o sucesso,
Os que sonham com o dinheiro,
Os que sonham com os versos

Há os que sonham com o amor,
Os que sonham sem a dor
e aqueles que querem apenas viver

Mas se todos fossem iguais, como seriamos?
Seríamos bons ou ruins?
O sonho não deve ser de todos iguais
E sim de que todos vivam bem
Na medida do possível

O sonho de Eva

Os pensamentos indignados que os loucos refletem
São realidades ocultas de um mundo surreal.
E os pensamentos inacreditáveis que nos estressam
São loucuras visíveis de um mundo real.
Todos somos loucos!
Nada que vivemos é real.
Acorde! Você está apenas sonhando.
Veja os pássaros cantando na grande floresta verde...
Essa que você vive...esse é o mundo que existe.
Não existem carros, nem carruagens.
Só existe um grande mar a ser explorado.
Vamos Eva!
Acorde! Você está apenas sonhando.
Neste mundo só existimos você e eu.
Ninguém pode nos atrapalhar.
Nada irá nos separar!
Viveremos felizes para o resto da vida,
E cuidaremos da inocência de Caim e Abel .

Teresina da Cajuína

Queria saber escrever
Para falar de Teresina
Aquela rica menina
A quem o mundo esqueceu
Cidade grandiosa
Que como em uma prosa
Até o poeta se perdeu
Cheia de amantes
Mais que viajantes
Poetas do adeus
Teresina
És uma enorme menina
Mas que como uma sina
O cansaço te venceu
Cansaço do descaso
Descaso do teu cansaço
E mais uma vez
Teu dominador te vendeu
Esqueceu-se do juramento
De tornar-te mulher
E não deixar faltar-te o sustento
Mas deixa-o
Ele deve estar esquecido
Que pra quem tem a Cajuína
Nem tudo está perdido.

Rondônia, Babilônia Rondônia!

Rondônia, escondida Rondônia
Pra quantos terá que vender teu povo
Pra te tornares uma nova Babilônia?

Quantas cabeças têm o Dragão?
Será que são apenas 12?
Sinceramente, acho que não.

Para quem olharás
depois que a tempestade passar?
Quem conseguirá esquecer
Do Dragão querendo te vender?

Como te vendeste assim?
Tal qual uma prostituta
Que diz que é ruim
Mas só é para viver.

Com machado e foice na mão
Quero teus filhos nas ruas
Não para matar
Mas para expulsar o Dragão.

Rondônia, grandiosa Rondônia
Esquece o passado recente
Procura esconder tua vergonha.
E voltas a ser uma virgem contente.

Que teu povo esqueça a vergonha
Mas não esqueça quem te vendeu
Por que foi tão barato
Que por apenas cinqüenta, nem eu!

Somos inocentes

A vida é uma dúvida
A vida é uma dívida
Quem duvida mata
Quem se endivida morre
O ladrão nunca espera
O ladrão sempre corre
Ninguém é culpado
Somos inocentes até a morte
Essa dívida não é minha
Pagar é uma questão de sorte


Traduzione in italiano:

Siamo inocenti

La vita é un dubbio
La vita é un debito
Chi dubbita amazza
Chi si debita muore
Il ladro mai aspetta
Il ladro sempre corre
Nessuno é colpato
Siamo inocenti fin’alla morte
Questo debito non é mio

Pagarlo é uma questione di sorte

Nossos caminhos

Nós não podemos mais errar
Está na hora do acerto
Chegou a hora do concerto
Nós não acreditamos
Mas somos diferentes
Trilhamos caminhos opostos
Caminhos que não se encontrarão
O percurso é longo
O seu é mais fácil, é comum
O meu tem espinhos e barreiras
Mesmo precisando de ajuda
Vou continuar sozinho
Pra não machucar mais ninguém
Mas se você quiser me seguir
Crie um atalho e siga do meu lado
Sozinhos é apenas você e eu
Juntos, somos nós!

Estou sozinho
Sem amigos
Sem esperança
Sem vizinho
Sem pra quem contar minhas tristezas
Vivendo um momento difícil
Sinto que sou pequeno
Estou sentindo falta de algo
Mas isto eu nunca tive
Quem vai me dar o que mereço?
Tudo que quero é a felicidade
Mas se não quiserem me dar
Podem por o preço

Pensamento de igualdade

Nós pessoas
Somos normais
Somos iguais
Somos canibais
Somos sociais
Somos raciais
Somos animais
Somos primordiais
Somos atuais
Somos humanos
Somos gente
Somos pranto
Somos choro
Somos dor
Somos amor
Somos valor
Sem valor
Sem amor
Cheios de dor
Somos tudo
E não somos nada
Somos nós
Somos sós
Somos isso
Somos um vicio
Viciados
Por nós mesmos
Rancorosos
Prestativos
Metirosos
Somos sapiens
Somos aliens
Somos nós
Somos pessoas
Nós somos pessoas
Nós pessoas.

Deusiney Robson


Traduzione in italiano:

Pensiero d’uguaglianza

Noi persone
Siamo normali
Siamo uguali
Siamo canibali
Siamo sociali
Siamo razziali
Siamo animali
Siamo primordiali
Siamo attuali
Siamo umani
Siamo genti
Siamo pianto
Siamo compianto
Siamo dolore
Siamo amore
Siamo valore
Senza valore
Senza amore
Pieni di dolore
Siamo tutto
E non siamo nulla
Siamo noi
Siamo soli
Siamo questo
Siamo um vizio
Viziati
Per noi stessi
Rancorosi
Prestativi
Mentitori
Siamo sapiens
Siamo aliens
Siamo noi
Siamo persone
Noi siamo persone

Noi persone.

Os nãos

Quantos nãos existem na vida?
De quantos remédios precisamos,
Pra curar as feridas?
Quantos somos sem medo?
Pra quantos a vida começa tarde?
E pra quantos a vida começa cedo?
Vivemos de sonhos!
E não podemos perdê-los.
Por mais que sejam difíceis,
Os nãos, não poderão derretê-los!

Dois segundos

Vejo sua mala
Você diz que vai embora
Pra fora do país
Cair no mundo afora
Enfrentamos o vento, tempestades e maremotos
Agora você se vai, levando meu amor
Não quero ver você voltar
Siga adiante seu caminho
Eu vou tentar me recuperar
Das marcas que você deixou
Enfrentamos o tempo, inimizades e discórdias
Agora você se vai, levando meu amor
Não chore mais que dois segundos
Você poderia lembrar
Tente me esquecer
Porque lá fora vai ser difícil
E ninguém enxugara suas lágrimas
Enfrentamos a vida, a morte e decepções
Agora você se vai, sem ao menos me levar

A dúvida que mata!

Nada sabemos sobre a realidade
Nos confundimos e nos enganamos
Com os pensamentos de homens
que um dia tentaram explicar o inexplicável

Quantos irmãos acordam e não sabem
Se vão conseguir sobreviver.
Quantos irmãos dormem
Com vontade de morrer.

Respondam-me: Pra quantos a vida vale a pena?
Será que os burgueses têm a alma grande
E a plebe faminta tem a alma pequena?

Marchem soldados
Cabeças de papel
O poder é a maior moeda
Só trocam em gabinetes e se espalha no quartel.

Quanto vale uma vida?
Quem é o nosso dono?
Só quero minha carta de alforria
Mas se não me derem, eu compro!

A distância

A distância cansa
É como uma dança
Que como uma valsa
Tem dois passos
Um pra lá e outro pra cá
Nada nos afeta
Mas a distância é certa
Não sei se vou agüentar
Vem comigo, porque eu
Não sei se vou voltar

Chacina na Baixada

Na calada da noite calada
Pelos disparos mal dados
Por muitos soldados
O morro ficava menor

Eram trinta inocentes
Com sonhos pequenos
De não ganhar menos
Mas de serem diferentes

Entre eles estava José
Tinha três filhos e uma mulher
Ele nem esperava
Voltava pra casa

Com três tiros nas costas
Dado por dois bostas
Que destruíam uma família
Matavam o marido de Maria

Os filhos órfãos de pai
Pensam no amanhã e nos tiros calados
Que com as armas roubadas
Matarão os soldados errados

E isso nunca vai acabar
Construímos uma guerra
Que está longe de terminar
Mas não sabemos quem mais erra.

Os fantasiados de soldados
Os filhos da destruição e do pavor
Os governantes que gostam do terror
Ou a sociedade calada, com medo de errar.

Escrevo 2

Escrever o verbo escrito
É dizer o que foi dito
E com palavras curtas
De uma tortura mutua
Perceber o que se perdeu.
Chora, chora,chora,chora
Quem a muito noutra hora
Não tinha nada!
Nem ao menos o que era seu
Escrevendo em versos tortos
Sem saber se já escrito
Espera a hora do bendito
E do verbo que lhe venceu


Tradizione in italiano:

Scrivo 2

Scrivere il verbo scrito
É dire ció che giá é detto
E com parolle corte
Di una tortura mutua
Percepire ció che hai perduto.
Piange, Piange, Piange, Piange
Chi da tanto in altr’ora
Non aveva nulla!
Nemmeno ció che era suo
Scrivendo in versi bizantini
Senza sapere se giá scriti
Spera l’ora del benedetto
E dei verbi che gli hanno vinti.

Infância perdida

A poesia triste
Na minha alma existe
Pelo que meu corpo vive
E pelo que se perdeu

Não foram versos
Nem foram prosas
Não foram musicas
Nem foram rosas

Foi minha infância
O que hoje vivo
Com a relevância
De quem já cresceu

No fim do arco-íris

No fim do arco-íris existe um pote de ouro
No fundo do poço tem um homem de osso
Qual você quer encontrar?
Aqui o sol nasce quadrado
E ao apagar das luzes a lua ilumina o céu
Vejo a estrela cadente e me vem o desejo
De te ter só mais uma vez
E ver a tua boca rosada e teus olhos de mel
Canto pra ti do fundo da minha solidão
Atravesso o tempo, o espaço e a canção
E te encontro por alguns segundos
Dá-me tua mão!
Vamos pra o fim do arco-íris
Onde o sol não se apaga e a lua cabe na mão
Há quanto tempo estamos a sos?
Quanto tempo falta pra nos?
Um dia voltarei para casa e você estará lá
Esperando com o crochê e a agulha
Com os olhos embaçados me verá
E eu estarei lá, do teu lado, cantando assim
Canto pra ti do fundo da minha solidão
Atravesso o tempo, o espaço e a canção
E te encontro por alguns segundos
Dá-me tua mão!
Vamos pra o fim do arco-íris
Onde o sol não se apaga e a lua cabe na mão

Tempo

Passamos o tempo nos atingindo
O tempo passou e nos atingiu
O passado atingiu nosso tempo
A historia que o tempo não viu

Ser passado, presente e futuro
Como um presente do passado
Encontrei-te no agora presente
E esquecerei o passado inseguro

Vivendo a sorte da vida vindoura
Com um intrigante passado de vida
E querendo ser quem nunca fora

Vive a vida comigo amanha e agora
Nem que do céu caiam as estrelas
Não seremos mais como noutrora

Um simples boêmio

Eu só queria ser um boêmio
Pra ver a vida com outros olhos
Pra não depender de ganhar premio

Ser um otimista de carteirinha
E um pessimista das condições sociais
Inclusive de uma vida de rainha

Seria uma estrela incandescente
Mas ao contrario de muitas outras
Nunca me tornaria cadente

Seria um mártir da música
Dos bares e boates um sobrevivente
Ou seria um muçulmano sem túnica

Mas de tudo isso preferia o sucesso
Que vem com o tempo de sacrifício
E do qual o tamanho eu não meço

Sei que seria maior que possa imaginar
Um sonho gostoso de viver
Do qual nunca mais esperaria acordar

Viva

Viva

Vamos viver hoje
Deixa o amanhã pra depois da meia-noite
Enquanto isso
Nós vamos levando
Sem medo de sofrer
Sem medo de errar
O ontem se resume na vida em que vivemos hoje
Já sofremos o que devíamos sofrer
O que importa agora é viver
E deixar o amanhã pra depois da meia-noite.



Tradizione in italiano:

Viva

Viviamo l’oggi
Lasci il domani per dopo dalla mezzanotte
Mentre questo
Noi stiamo camminando
Senza paura di soffrire
Senza paura di sbagliare
L’ieri si reassunta nella vita che viviam’oggi
Giá abbiamo sofferto ció che dovremmo soffrire
L’importante ora é vivere
E lasciare il domani per dopo dalla mezzanotte.

Partindo de volta

Estou voltando pra casa
Trago na bagagem a vontade de ir embora

Vou ser seu responsável
Mas quando o pavio chegar ao fim
Vai ser a hora de partir

A saudade vai existir
Porém, tenho que pensar um pouco em mim
Mesmo que seja difícil
Sempre te amarei, mas saberei a hora de ir

Estou voltando pra casa
Trago na bagagem um sonho oculto

Vou procurar me libertar
Mesmo sabendo que vai ser difícil
Começarei a falar

Aos quatro cantos do mundo cantarei
Oculto ou omisso nunca mais serei
Não sei se vou te ter
Mas realizando meu sonho você vai me conhecer

Estou voltando pra casa
Trago na bagagem a vontade de te ter

Mesmo sem ser feliz
Vou tentar te agradar
Mas não esqueça que o pavio não vai se apagar

Não desligue as luzes ao sair
Eu estou aqui
E o escuro é quem omite
E eu não quero mais me omitir

Pronomes sem nomes

Fui-me
Sem grandes motivos
Pelo fato de não tê-la

Ela
Terceira pessoa de mim
Sem nenhum caso reto

Eu
Pronome pessoal dum caso torto
Primeira pessoa de mim mesmo

Nós
Pessoa inexistente, mas itinerante
Pronome sem possibilidade de conjugação

Ter
Prioridade humana na vida
Verbo com conjugação egoísta

Acabou
Realidade vivida por nós
Nada pessoal, mas acabou


TRADUZIONE IN ITALIANO:

Pronomi senza nomi

Andai
Senza grandi motivi
Per il fato di non averla

Lei
Teza persona di me
Senza niente di caso retto

Io
Pronome personale di un caso bizantino
Prima persona di me stesso

Noi
Persona inesistente, ma itinerante
Pronome senza possibilidade di coniugazione

Avere
Prioritá umana nella vita
Verbo con coniugazione egoísta

É finito
Realitá vissuta per noi

Niente personale, ma é finito.

Sunday, July 17, 2005

Quando se sente so

Onde estao os amigos?
Mas que amigos?
Todos estao ocupados!
Mas com o que?
Cada um com cada um!
Nao sao seus amigos !
Dizem que sim…
Voce acredita em tudo?
Papai noel existe mesmo?
Num sei, mas…
Sera que ele tem amigo?
Acho que nao…
Mas tem interessados !
Nao na amizade…
Mas nos presentes !
Afinal, tem mais valor!
E quando se sente so?
O que se pode fazer?
Sendo sincero?
Nada…
Voce sempre esta so!
Quem sao teus amigos?
Nem voce mesmo sabe!
Mas um dia voce encontra!
E esses serao para sempre!
Pra quando se sentir so!